If ignorance is bliss, then take me off the list, I'm leaving.

Este blog foi feito pra comentar sobre moda, beleza e comportamento, mas a gente faz questão de contar uma coisa que aconteceu com as loiras que vos falam e que deve acontecer com qualquer um que se aventure pela ticketmaster.
Em 2007, a Blonder - numa sacada de sorte incrível - ganhou um ingresso na promoção de uma rádio para ir ao show no Brasil de uma das bandas que ela mais admira nesse planeta: o Aerosmith.
Daí que por um infortúnio do destino (leiam-se problemas pessoais) ela não pode ir. Imaginem então a loucura quando descobrimos que em maio de 2010 a loira mais loira teria sua segunda chance. Teria. Melhor, nós duas teríamos.
Viagem pra São Paulo, confabulações e muitos planos no msn. Alegria, alegria! Vamos cantar I Don't Wanna Miss a Thing junto com Tyler e YAKAKAKAKAW *-*.
Estávamos com tudo planejado: plantões em sites aéreos, procurando os albergues e hostéis mais bacaninhas e acessíveis de sampa e tudo tava perfeito, afinal de contas, com o aperto e a benção do nosso querido cartão de crédito e de Nossa Senhora das Parcelas Suaves, 29 de maio nos esperava.
Aí fomos comprar os ingressos, lindas, loiras e felizes no http://www.ticketmaster.com.br. E então veio a martelada nas cabeças oxigenadas: NÃO parcela. Simples assim. E da mesma maneira simples não vamos poder ir, já que não temos culhões (leiam grana) pra pagar isso à vista. Sendo que, rolou durante uma semana a pré-venda dos ingressos. Além da reserva de uma miséria de 30% para estudantes.

Aeroblondies? Infelizmente, não dessa vez.

Vamos ao fundo da questão então. Melhor dizendo, das várias indagações que nos surgiram desde esse trágico choque do não-vou-ver-o-aerosmith-e-a-banda-ameaça-acabar:

1) Do que adianta o cartão de crédito sendo que não pode ter parcelas? Apenas empurrar a dívida para o próximo mês não ajuda muito a maior parte jovem desse país que rala em seus míseros subempregos e estágios e querem o direito de uma diversão digna.
2) Que merda é essa de reserva de 30%? Simples: graças ao grande número de pilantras desse Brasil Varonil que insistem em falsificar documentos de estudantes para poder se dar bem. Jeitinho Brasileiro way of life.
3) Acontece que, queridas leitoras, é PROIBIDO no estado de São Paulo a reserva de apenas 30% de meias-entradas. Isso não existe, isso é enganação, é ludibriar o consumidor.

http://www.procon.sp.gov.br/texto.asp?id=841

E nem adianta espernear, gritar e xingar. A Indústria do Entretenimento desse país dá as mãos num vergonhoso espetáculo de desorganização e ganância. A nossa revolta é grande, mas infelizmente, não há muito o que possamos fazer, a não ser divulgar essas bárbaries para que seja do conhecimento de todos. Afinal de contas, esse é um dos papéis do jornalista que se preze de verdade.

Uma solução? Essa não há. Denunciar no Procon de São Paulo o abuso que é a venda de ingresso na TicketMaster talvez seja um caminho. Mas a questão é maior que isso. Até quando vamos ter que aceitar esses preços e condições exorbitantes para conseguirmos ter acesso à coisas internacionais nesse país? A questão, infelizmente, não podemos responder, por não sabermos.

Revoltadas com o caso, ficamos sabendo que essa vergonha ambiciosa acontece com todo show internacional de grande espera no país. Ingressos caros, filas quilométricas, parcela única, cota para meia-entrada...
É a realidade da nossa Indústria do Entretenimento, amigas. E quem paga o pato? Bem, o consumidor que é o pato nessa história.

Ficamos aqui, de patinhas da vez. E apelamos para quem for de São Paulo, denunciar o caso no site: http://www.procon.sp.gov.br/

So, from all of us at Aerosmith, to all of you, wherever you are, remember: the light at the end of the tunnel. May be you. Goodnight.

B&Br.